terça-feira, 25 de junho de 2013

Rothko



Rothko



Aspectos formais

Rothko trabalha os contrastes para criar essa pulsação. 

Vejamos o quadro acima.

Contraste claro/escuro. Qto maior for a for o intervalo mais a cor clara se ilumina e mais a cor escura se rebaixa. 

As cores avermelhadas se contrastam com as esverdeadas e se realçam simultaneamente. No quadro acima, o violáceo  (mais avermelhado) se realça pelos azulados q se tornam esverdeados. Mas como são cores afins tbm se rebaixam. Note-se uma menor luminosidade da aera violácea em comparação com a área azulada. 

Duas cores próximas por afinidade tendem a se rebaixar. O intervalo entre o escuro da borda e o da faixa entre as cores azuladas e violáceas faz sobretudo esta se romper, e assim possibilitar a manifestação do cinza sempiterno.

Como as cores, q se dão no tempo como concretas adjetivas ora convergem, ora divergem do cinza sempiterno simultaneamente. Esse cinza sempiterno antes de se manifestar no quadro é um ponto sem nenhuma dimensão. Daí ser um pré ou pós fenômeno. Nele ñ há nem tempo nem espaço. Um zero. Ma um vazuio-cheio na medida q é uma potência.

As bordas em Rotko possibilitam o plano pictórico. As cores, entretanto, têm movimentos concêntricos e excêntrico considerando-se o cinza sempiterno como um ñ espaço e ñ tempo.

Outras considerações

Esses contrastes criam uma oscilação. Reportam-se, assim, ao Q venho desenvolvendo em relação ao serpenteamento vinciano. O espaço plástico se anima com o serpenteamento gerado por essa oscilação. E mais ainda: segundo Leonardo da Vinci evita q a pintura morra por uma segunda vez. Temos então a questão de vida, morte e ressurreição. Talvez isso explique a aproximação de Rothko com Cézanne que afirmou que a arte é uma religião. E também porque Rothko não se considerava um pintor abstrato.

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