Aión ou eternidade egípcia – 2011
oi ze,
gostei mto dessas naturezas mortas. o fato dos ''objetos'' estarem
figurados em um nao espaco realmente me seduziu...um nao espaco e logo
um nao tempo...cabe bem ao aion, mas tbm ao kairon, o tempo oportuno q
se da com o espectador...
a arte eh incrivel mesmo, por causa desse encontro com o espectador q
a faz existir de fato. esse embate.
um grande beijo,
ana.
Ana Marcela França (Professora de História da Arte da PUC)
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Voltando ao seu quadro. Li o que o Milton Machado falou. Concordo com
ele. Esse seu quadro tem uma sofisticação incrível, enorme, sólida,
erudição, inteligencia e sensibilidade. Faz jus a quem você é, com
toda a sua história e trabalho. Os símbolos fortes, a sua presença
indiscutível, física. Voce nao aparece lá , mas está lá. Como as cores
que surgem nos seus quadros pelas outras. Você realmente é genial.
Elaine Pauvolid (Poeta)
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bom dia, Z
A natureza fica viva sobre a cadeira com a palhinha do Van Gogh, as
paredes de madeira na retaguarda, quadros contando passados, livros
empilhados, talvez roupas espalhadas, embalagens de máquinas que nunca
jogamos fora com medo de nos jogar fora junto. São pinturas novas?
apesar da egiptologia? Curioso, voltar para questões antigas, uma
espécie de refazenda, como quereria um Gil.
Essa natureza morta é muito enigmática. Contém um código que se recusa
à decifração. Coisas para grandes mestres do xadrez ou para leitores
de Edgar Alan Poe, do escaravelho de ouro. O que proporciona alguma
decifração é alguma espionagem, papel desempenhado pela Maria
(codinome), espiã muito sem-vergonha.
Vamos regando nossos jardins
abraços
Milton (Professor d e Histria da Arte da EBA-UFRJ e Artista Plástico )
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Meu Deus! O que é a potencialidade das variações em torno de um mesmo
tema? Cada época, cada zeitgeist, cada homem: e a supremacia do olhar
íntimo determinando circunstâncias. Isso talvez seja uma coleção
ilimitada de registros históricos. Você já estava num holandês do
século XVII. Mas isso pouco importa. O relevante é a expressão de uma
alma regida pelas próprias idiossincracias. Isso talvez seja também o
que muitos chamam de estilo.
Se você encontra apoio ou registro no Egito, pouco importa. Ele
poderia estar vindo da Babilônia ou de Creta. O relevante é esse fazer
incessante, promovendo qualidade, onde o percurso pesa mais do que a
chegada nisso ou naquilo. De certa maneira, jamais chegamos onde quer
que seja. O que há, na realidade, são escalas em pontos de repouso ou
satisfação momentânea, pois nosso destino é o caminho e impermanência
de todas as coisas. Aposte sempre no verbo ESTAR.
Quanto ao outro quadro: você, com suas abstrações, às vezes me evoca
William Morris. Há algo espiritual, além da forma, algo falsamente
ingênuo, prometendo combinatórias ainda indecifráveis, pelo menos para
minha cognição precária. Enfim, elas, as abstrações, transmitem paz e
isso é o bem mais precioso de qualquer homem.
Antônio Augusto Mariante - Escritor.
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