Portinari - Retrato de Marques Rebelo.
1932
Na
década de vinte do século passado, após abandonar a Faculdade de
Medicina, Marques Rebelo passou a trabalhar no comércio e no jornalismo.
Com marcante inclinação em defesa dos excluídos,
harmoniza-se com outros autores, denunciando em seus trabalhos as
desigualdades sociais que marcaram o desenvolvimento urbano de sua
época. Traduziu obras como “A metamorfose, de Kafka”; “Viagem à roda do meu quarto” - “Voyage autour de ma chambre” - 1794, de Xavir de Maistre; escreveu a biografia “Vida e obra de Manuel Antônio de Almeida”; poesias, publicadas em revistas; contos avulsos: “Conto à la mode”, “Acudiram três cavaleiros” e “O bilhete”; livros de contos como: “Oscarina”, “Três caminhos”, “Stela me abriu a porta”, “O Guia Antiturístico do Rio de Janeiro”; as crônicas: “Suíte n° 1”, “Cenas da vida brasileira”, “Cortina de ferro”; Correio europeu”; as novelas: “Vejo a Lua no Céu”, adaptada para a televisão; “O simples coronel Madureira”; a peça de teatro: “Rua Alegre, 12”; e os romances: “Marafa”, “A estrela sobe”, obra adaptada para o cinema por Bruno Barreto, “O espelho partido”, “O trapicheiro”, “A mudança”, “A guerra está em nós”.
Após
sua morte, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica com os
seguintes dizeres: “Era um diabo miudinho, de língua solta e coração
escondido”. E mais adiante: “Arrasava um livro, um poema, um quadro, um
disco, um atleta com uma frase. Matava um escritor - matou quantos - com
uma epígrafe. Depois ressuscitava o morto”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário