quarta-feira, 12 de junho de 2013

Cândido Portinari - Retrato de Marques Rebelo - 1932

Portinari - Retrato de Marques Rebelo.
1932

Eddy Dias da Cruz, nasceu em 6 de janeiro de 1907 na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no bairro denominado Vila Isabel, tendo falecido na mesma cidade em 26 de agosto de 1973, aos 66 (sessenta e seis) anos de idade. Segundo este imortal, a adoção do pseudônimo Marques Rebelo se deu como meio de proteger sua família, face à campanha de oposição contra modernistas da Semana de Arte Moderna, movimento este que despertou a sua vocação literária, segundo declarações do próprio escritor. Teve sua obra reconhecida pela Academia Brasileira de Letras como obra de inestimável valor, razão pela qual foi eleito, em 10 de dezembro de 1964, para suceder a Carlos Magalhães de Azeredo, passando a ocupar a cadeira 9 quando de sua posse, ocorrida em 28 de maio de 1965, ocasião em que foi recebido por Aurélio Buarque de Holanda.
Na década de vinte do século passado, após abandonar a Faculdade de Medicina, Marques Rebelo passou a trabalhar no comércio e no jornalismo. Com marcante inclinação em defesa dos excluídos, harmoniza-se com outros autores, denunciando em seus trabalhos as desigualdades sociais que marcaram o desenvolvimento urbano de sua época. Traduziu obras como “A metamorfose, de Kafka”; “Viagem à roda do meu quarto” - “Voyage autour de ma chambre” - 1794, de Xavir de Maistre; escreveu a biografia “Vida e obra de Manuel Antônio de Almeida”; poesias, publicadas em revistas; contos avulsos: “Conto à la mode”, “Acudiram três cavaleiros” e “O bilhete”; livros de contos como: “Oscarina”, “Três caminhos”, “Stela me abriu a porta”, “O Guia Antiturístico do Rio de Janeiro”; as crônicas: “Suíte n° 1”, “Cenas da vida brasileira”, “Cortina de ferro”; Correio europeu”; as novelas: “Vejo a Lua no Céu”, adaptada para a televisão; “O simples coronel Madureira”; a peça de teatro: “Rua Alegre, 12”; e os romances: “Marafa”, “A estrela sobe”, obra adaptada para o cinema por Bruno Barreto, “O espelho partido”, “O trapicheiro”, “A mudança”, “A guerra está em nós”.
Após sua morte, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica com os seguintes dizeres: “Era um diabo miudinho, de língua solta e coração escondido”. E mais adiante: “Arrasava um livro, um poema, um quadro, um disco, um atleta com uma frase. Matava um escritor - matou quantos - com uma epígrafe. Depois ressuscitava o morto”.

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