quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

As lógicas das cores e dos coloridos



As lógicas das cores e dos coloridos

Sêneca afirmou que em cada dez pintores apenas um é colorista. A cor é enigmática, impossível de ser racionalizada. Já a forma é bem racional. Isso explica o recalque das cores e dos coloridos em nossa cultura. E os pintores coloristas, apesar deste enigma, sabem que as cores e os coloridos têm uma lógica. Ocupo-me em meu trabalho em estudá-las e enfatizo mais os coloridos. E sei, também, que entre os pintores coloristas, sobretudo na modernidade e contemporaneidade, se ocuparam muito mais das cores do que dos coloridos. Veja-se Albers, Itten, Delaunay,  Kandinky, Matisse e outros.  Que se tenha ocupado dos coloridos temos Klee ao pensar nos coloridos dinamicamente. Nos meus estudos descartei um círculo cromático absoluto que classifica as cores em primárias e secundárias e concluí que há a cor abstrata substantiva, que subsiste por si mesma e é uma idéia platônica, e a cor concreta adjetiva, cuja condição é ser  no colorido. E me vi em consonância com as mais avançadas descobertas da ciência, como a geometria dos fractais, a teoria do caos, as estruturas dissipativas,  algumas descobertas da biologia as quais afirmam que a vida é um processo de que não exclui  a morte, ou seja, há um estado de entropia. Assim fui compreendendo que há uma lógica nas cores e nos coloridos. Mas não fazendo um trabalho que fosse apenas ilustrações dessas teorias. Tento fazer da arte uma possibilidade de um pensamento. E creio que é até possível pensarmos em uma geometria das cores. E é isto que venho tentando mostrar.

José Maria Dias da Cruz
Janeiro de 2013

As lógicas das cores e dos coloridos



As lógicas das cores e dos coloridos

Sêneca afirmou que em cada dez pintores apenas um é colorista. A cor é enigmática, impossível de ser racionalizada. Já a forma é bem racional. Isso explica o recalque das cores e dos coloridos em nossa cultura. E os pintores coloristas, apesar deste enigma, sabem que as cores e os coloridos têm uma lógica. Ocupo-me em meu trabalho em estudá-las e enfatizo mais os coloridos. E sei, também, que entre os pintores coloristas, sobretudo na modernidade e contemporaneidade, se ocuparam muito mais das cores do que dos coloridos. Veja-se Albers, Itten, Delaunay,  Kandinky, Matisse e outros.  Que se tenha ocupado dos coloridos temos Klee ao pensar nos coloridos dinamicamente. Nos meus estudos descartei um círculo cromático absoluto que classifica as cores em primárias e secundárias e concluí que há a cor abstrata substantiva, que subsiste por si mesma e é uma idéia platônica, e a cor concreta adjetiva, cuja condição é ser  no colorido. E me vi em consonância com as mais avançadas descobertas da ciência, como a geometria dos fractais, a teoria do caos, as estruturas dissipativas,  algumas descobertas da biologia as quais afirmam que a vida é um processo de que não exclui  a morte, ou seja, há um estado de entropia. Assim fui compreendendo que há uma lógica nas cores e nos coloridos. Mas não fazendo um trabalho que fosse apenas ilustrações dessas teorias. Tento fazer da arte uma possibilidade de um pensamento. E creio que é até possível pensarmos em uma geometria das cores. E é isto que venho tentando mostrar.

José Maria Dias da Cruz
Janeiro de 2013