Opiniões sobre José Maria Dias da Cruz
Caro José Dias,
foi um grande prazer conhecê-lo e sua palestra incitou-me
uma
curiosidade de permanecer em contato e em diálogo. Li seu texto sobre
a verdade em pintura. Igualmente instigante. Conceitos como 'cinza
sempiterno', 'primeira e segunda mortes', 'distância em proximidade',
entre outros, transcendem potencialmente o limite de uma reflexão para
atingir o nível de uma argumentação, portanto, de um filosofar sobre a
pintura, como fica claro em sua citação de Bachelard, esse pensador
inquieto e inquietante. Vou conversar com o prof. Celso Braida e com a
profª. Claudia Drucker para podermos instituir algum tipo de "topos"
dialógico através da universidade. Há mais ou menos um ano e meio
vinha trabalhando em uma filosofia das artes plásticas. Um tipo de
tarefa complementar à filosofia da literatura esboçada no livro
Insignuações. Sua palestra e nossos curtos diálogos me motivaram ainda
mais a dar continuidade a esta reflexão por meio de um grupo de
pesquisa. Caso ele venha a se estabelecer, quero desde já convidá-lo
para nos falar de suas investigações, disseminando suas idéias para
pessoas interessadas nas problemáticas sutis dos conceitos plásticos.
De todo modo, se tal grupo vier a se formar será somente no primeiro
semestre do próximo ano. Neste semestre já me encontro bastante
ocupado. Em especial, sua fala sobre Cézanne e sobre a verdade em
pintura me renovou a idéia de pensar a imagem em geral através do
tratamento gráfico da mesma contido na riquíssima história das artes
plásticas. Sua palestra mostra claramente que os artistas plásticos,
tais como Cézanne e você mesmo, pensam aspectos fundamentais da imagem
através de conceitos plásticos, sem abdicar dos conceitos científicos
(cromáticos e geométricos), mas não limitando-se aos mesmos. Seria
esta investigação "inferior" àquela operada pela psicologia cognitiva
sobre a visão? Parece-me que não. Em certo sentido, a investigação
plástica consegue atingir algo que a investigação científica da imagem
e da visão não consegue. Mas também o inverso pode ser o caso. Assim,
para pensar com mais amplitude a ubiqüidade da imagem não seria melhor
investigá-la através de ambas as perspectivas? Ambas as perspectivas
me parecem integráveis em um horizonte semiótico. Enfim, são apenas
algumas considerações que sua reflexão sobre as cores e as imagens
plásticas me avivam e reavivam. Saudações, tudo de bom e até breve.
curiosidade de permanecer em contato e em diálogo. Li seu texto sobre
a verdade em pintura. Igualmente instigante. Conceitos como 'cinza
sempiterno', 'primeira e segunda mortes', 'distância em proximidade',
entre outros, transcendem potencialmente o limite de uma reflexão para
atingir o nível de uma argumentação, portanto, de um filosofar sobre a
pintura, como fica claro em sua citação de Bachelard, esse pensador
inquieto e inquietante. Vou conversar com o prof. Celso Braida e com a
profª. Claudia Drucker para podermos instituir algum tipo de "topos"
dialógico através da universidade. Há mais ou menos um ano e meio
vinha trabalhando em uma filosofia das artes plásticas. Um tipo de
tarefa complementar à filosofia da literatura esboçada no livro
Insignuações. Sua palestra e nossos curtos diálogos me motivaram ainda
mais a dar continuidade a esta reflexão por meio de um grupo de
pesquisa. Caso ele venha a se estabelecer, quero desde já convidá-lo
para nos falar de suas investigações, disseminando suas idéias para
pessoas interessadas nas problemáticas sutis dos conceitos plásticos.
De todo modo, se tal grupo vier a se formar será somente no primeiro
semestre do próximo ano. Neste semestre já me encontro bastante
ocupado. Em especial, sua fala sobre Cézanne e sobre a verdade em
pintura me renovou a idéia de pensar a imagem em geral através do
tratamento gráfico da mesma contido na riquíssima história das artes
plásticas. Sua palestra mostra claramente que os artistas plásticos,
tais como Cézanne e você mesmo, pensam aspectos fundamentais da imagem
através de conceitos plásticos, sem abdicar dos conceitos científicos
(cromáticos e geométricos), mas não limitando-se aos mesmos. Seria
esta investigação "inferior" àquela operada pela psicologia cognitiva
sobre a visão? Parece-me que não. Em certo sentido, a investigação
plástica consegue atingir algo que a investigação científica da imagem
e da visão não consegue. Mas também o inverso pode ser o caso. Assim,
para pensar com mais amplitude a ubiqüidade da imagem não seria melhor
investigá-la através de ambas as perspectivas? Ambas as perspectivas
me parecem integráveis em um horizonte semiótico. Enfim, são apenas
algumas considerações que sua reflexão sobre as cores e as imagens
plásticas me avivam e reavivam. Saudações, tudo de bom e até breve.
Nazareno Almeida. Professor de filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina
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A forma de um colorido – 2011
José Maria Dias da
Cruz, além de grande artista plástico e estudioso da cor, é um grande mestre.
Através dos exercícios propostos em suas aulas, o aluno é capaz de
perceber, no espaço plástico, e recriar, através da pintura, sofisticadas
relações cromáticas e espaciais que antes não eram sequer percebidas. Isso
possibilita o artista inserir-se na tradição cezanneana, onde José Maria se
situa ou a aprimorar sua prática através do desenvolvimento de um “saber do
olho”, o que é muito mais que uma simples ampliação da percepção visual.
Elaine Pauvolid – Poeta
José Maria é dos grandes conhecedores da cor, tendo
inclusive
publicado, em 2001, o livro A cor e o cinza, onde expõe suas reflexões
sobre a cor, resumindo e traduzindo toda uma vida de experiência
pictórica. Sua pintura foi sempre altamente reflexiva, cada gesto
carrega algum tipo de pergunta sobre sua razão de ser no quadro. Suas
pinceladas de cor vão se integrando umas às outras, criando uma
unidade rítmica na superfície da tela. É um pensamento cromático,
altamente emotivo, que se desenvolve em cada uma de suas telas."
Luís Camillo Osório, crítico de arte e professor da UNIRIO - em A Arte
e seus desvios - Uma breve história da arte brasileira de 1960 aos
dias de hoje.
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publicado, em 2001, o livro A cor e o cinza, onde expõe suas reflexões
sobre a cor, resumindo e traduzindo toda uma vida de experiência
pictórica. Sua pintura foi sempre altamente reflexiva, cada gesto
carrega algum tipo de pergunta sobre sua razão de ser no quadro. Suas
pinceladas de cor vão se integrando umas às outras, criando uma
unidade rítmica na superfície da tela. É um pensamento cromático,
altamente emotivo, que se desenvolve em cada uma de suas telas."
Luís Camillo Osório, crítico de arte e professor da UNIRIO - em A Arte
e seus desvios - Uma breve história da arte brasileira de 1960 aos
dias de hoje.
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Se entendermos o cubismo a partir do equívoco de Bernard, Cézanne não
é mesmo, de modo algum, precursor do cubismo. Aliás, mais do que o
problema da furtiva inclusão do cubo na história, toda a confusão gira
em torno de uma impressionante cegueira para a cor, tal qual você a
enxerga em Poussin, Cézanne, etc., ou seja, de um primado absoluto da
forma sobre a cor. Enfim...
Edgar Lyra - Professor de Filosofia - PUC-Rio
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A forma de um colorido - 2011
Zé querido
Me pergunto, o que seria da vida, sem o seu imenso colorido
?
Certamente, menos generosa !
Beijos e saudades,
Denise (Araripe - Artista Plástica)
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Oi, Paulinha! (Texto postado np blog
http://pesponteando.blogspot.com /search/label/Artes%20pl%C3%A1sticas )
Entrevista maravilhosa; de tirar o fôlego, tanto nos faz
refletir... Não consigo deixar de ver o José, pintor que eu não
conhecia, igualmente como um poeta dos melhores, a expor inversos da
arte, pensando-os com o empenho do poeta ao escolher palavras,
consciente do mar de significados que cada uma pode representar.
Nossa! Aprende-se muito lendo essa entrevista. Uma aula! Parabéns
aos dois! Bjs, querida Paula, e inté!
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Certamente, menos generosa !
Beijos e saudades,
Denise (Araripe - Artista Plástica)
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Oi, Paulinha! (Texto postado np blog
http://pesponteando.blogspot.com /search/label/Artes%20pl%C3%A1sticas )
Entrevista maravilhosa; de tirar o fôlego, tanto nos faz
refletir... Não consigo deixar de ver o José, pintor que eu não
conhecia, igualmente como um poeta dos melhores, a expor inversos da
arte, pensando-os com o empenho do poeta ao escolher palavras,
consciente do mar de significados que cada uma pode representar.
Nossa! Aprende-se muito lendo essa entrevista. Uma aula! Parabéns
aos dois! Bjs, querida Paula, e inté!
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A Forma dos coloridos - 2011
Voce possívelmente não deve ter idéia do que é, para quem não é José
Maria Dias da Cruz, colocar mais que uma meia dúzia de cores num
trabalho, e fazer com que sejam vistas.
De preferência ao mesmo tempo, com todas as contradições e
atonalidades que uma bomba pode causar. E, se a vista passear , tudo
bom..
Ricardo Simões - Artista plástico.
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Zé suas naturezas mortas sempre são muito vivas. Cheias de surpresas,
conexões entre os signos que nos levam a reflexão.
São como pequenas crônicas escritas em poesia e prosa.
E , sobretudo sua capacidade de se manter fiel ao seu pensamento
plástico , suas idéias, enfim, o que torna você o artista importante
que é.
Orlando Mollica - Artista Plástico
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