domingo, 7 de julho de 2013

Formulário - José Maria Dias da Cruz

Formulário
Seu aparecimento na Internet

Foi no início de tudo com o Formulário (óleo  sobre palel colado em eucatex, 74 x 49 cm, 1968) que foi ao ar na década de 90 pela Internet graças a meu grande amigo, BobN. Tentei expô-lo. Era o ano de 1968! Não consegui, por motivos que ainda hoje não sei. O quadro tinha uma certa conotação política, em verde e amarelo, meu nome em vermelho e, em   semitons desse vermelho, na verdade tons rompidos, várias inscrições das palavras sim e não, contra e a favor; Utilizava-me desses tons rompidos não como os penso hoje, mas como deles me informei quando, ainda adoelscente, li o Tratado da Paisagem de André Lhote.
Àquela época já pensava vagamente nessas questões que, com o tempo, fui desenvolvendo com menos insegurança, como o permantente (o formulário com seus campos para serem peenchidos) e o transitório (os campos absurdamente peenchidos), a realidade concreta e a idealizada, o  substantivo e o adjetivo, a dualidade e uma outra opção entre o sim e o não (ou um segrerdo do impossível de ser revelado), etc. Gostava e ainda gosto desse quadro. Cheguei mesmo a prepara uma exposição. Nâo encontrei espaço e a  crítica que recebi foi adversa. Rasguei alguns quadros, muitas anorações e abandonei a pintura. Retornei à pintura e às anotações em 1973.
Fui trabalhar, então, Rede Ferroviária de Armazéns Ferais - AGEF. Era chefe a seção de Organização e Métodos. Escrevi as normas para a padronização  dos formulários. Na verdade estava, inconscientemente, definindo meu projeto plástico. Esse projeto tangenciava algumas questões discutidas pelo movimento francês superficie-suporte. Desse movimento pouco sabia. Parei de pensar em pintura em 1960, por desilusão, falta de rumo, e de pintar em 1964. Nesse recomeço em 1967 de retornar à pintura dizia que o formulário era o suporte - um emaranhado de campos que se realacionavam entre si por subordinação ou coordenação. Dizia também que uma realidade podeia se desdobrar em outras de forma que por essas realidades seria possível possível ter-se uma infinidade de linhas de pensamento que terima seu limite em um estado de connfusão. Vim a saber, depois, que nessa época surgiu a geometria dos fractais e a teoria do caos. Meu trabalho tem algumas coisas em comum com essas descobertas científicas, mas não como ilustrações. Por ter intuído tudo isso pude tocar meu trabalho com bastante liberdade e acabei descobrindo que podeia desenvolver meu pensamento plástico.
As cores? Sempre me interessei por elas e com os formulários, e muto estudo do Tratado da Pintura do Leonardo da Vinci e de Cézanne cheguei ao cinza sempierno e o serpenteamento. E hoje penso em uma geometria das cores.

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