sábado, 27 de abril de 2013

Poemas para projetor de Elaine auvolid



POEMAS PARA PROJETOR DE ELAINE PAUVOLID





Elaine
Para mim essa consciência de um espaço plástico que você consegue é realmente  muito importante. Veja, costumo dizer que, se temos um suporte (uma tela, uma folha de papel, etc.), e se nelas cinscuscrevemos algo, ela deixa de ser apenas o suporte e passa a ser um suporte de uma consciência de um espaço plástico. Mas temos algo anterior (ou entre um e outro), quando o suporte apenas deixa de sê-lo e ainda não é o de uma consciência de um espaço plástico. Seria um pós ou pré-fenômeno? Pré por ser anterior ao suporte de uma consciência de um espaço. Pós por ser posterior a apenas o suporte. Nesse outro espaço onde tudo isso ocorre será que podemos afirmar que é o local do silêncio, da ausência e, simultaneamente, o local de uma possibilidade de ruído e presença? Um paradoxo na medida em que é um vazio cheio? Uma outra lógica, a do terceiro incluído? A possibilidade de um poema? Me parece que sim.
Mas você vai além com a  anulação das margens do suporte. Isso certamente pelo poder de concentração das palavras por serem também geradoras de idéias, ou em última análise, de pensamentos (ou possibilidade de pensamentos?).
Parece-me que todas esses acontecimentos já carregam em si uma carga poética que explode com o poema PA LA RA com a curiosa ausência (ou a invisibilidade e silêncio) do V.
E agora, com esses poemas projetados? A mesma coisa se repetindo em outros espaços?
Seja o que for, uma bela junção entre poesia e pintura. Parabéns.
Vínhamos conversando sobre isso e creio que estamos conseguindo dar alguns passos. Eu com os meus não tão largos como os seus.

Bjs
Jm


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