quarta-feira, 2 de julho de 2014

O fim, o nascimento de uma quase flor, ou o cinza sempiterno (Rembrendt e caravaggio)


O fim, o nascimento de uma quase flor, ou o cinza sempiterno

Uma explicação bem resumida do quadro “O fim e o nascimento de quase uma flor, ou o cinza sempiterno. No canto inferior direito, duas cores opostas, um azulado e um amarelado, mas rompidas que sobem em vertical mais rompidas ainda, o que dá margem à manifestação do cinza, sempiterno. Há uma ordem também. O cinza sempiterno vai dar origem às cores do lado esquerdo, mas em uma situação caótica, e obedecendo uma lógica. Algumas cores escuras se rompem até o centro em direção ao cinza sempiterno e perdem cromaticidade. Outras que estão estão também rompidas se encaminham para o centro ganhando cromaticidade, ou seja, com um movimento concêntrico: por exemplo, os azulados e violáceos rompidos em direção ao cinza sempiterno. Há os avermelhados, esverdeados, cores opostas, e os amarelados que se opõem aos azulados e que têm um movimento excêntrico em relação ao cinza sempiterno. Esses movimentos em direção ao centro criam uma luminosidade porque os escuros ao se romperem não se tornam claros, mas luminosos (este é um dos segredo da estrutura cromática em Rembrandt. Há uma modulação de escuros que se rompem em direção à luz, às forma se subordinam ao cromatismo e este permite o serpenteamento e uma certa consciência do espaço plástico e não uma modelação de claros e escuros de um mesmo matiz como vemos em Caravaggio, onde as cores se subordinam às formas). Penso que esses movimentos no quadro que realizei chegam a um estado de entropia máxima que e retornam à ordem e essa ordem dá origem a algo quase como uma flor iluminada. O espaço se constrói como uma lógica. Ou uma geometria das cores?

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