quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O cinza sempiterno - óelo sobre tela colada em madeira

O cinza sempiterno -  óelo sobre tela colada em madeira - 50 cm de diametro - 1986

Depois de teorizar sobre o cinza sempiterno experimentei nesse quadro e percebi ele, o cinza sempierno, se manifestando. No original isso fica bem evidente. O quadro é azul, mas um amarelado, a tonalidade da pós imagem destre azul, sobrenada em todo o quadro.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Auto-retrato de Marques Rebelo - 8



Auto-retrato de Marques Rebelo
8
 Estávamos às vésperas do Centenário. Machado de Assis sofria um momentâneo esvaziamento. A importância de Lima Barreto não era reconhecida, muito menos que isso. E ambos ganharam com o Modernismo. Monteiro Lobato crescia como um Maupassant dos pobres, na obra de Rui Barbosa, o gênio nacional, encontrara a jeito o Jeca Tatu para citar num discurso contra o Brasil oligárquico. E recitava-se muito Olavo Bilac e havia muitas conferências literárias sobre o Pé, a Mão, a Luva, a Linha Reta, a Linguagem das Cores...  veio a semana de Arte Moderna acabar com tais jogos florais e fiquei no sereno, batendo palmas. Crescido o movimento, foi  um acordar de inteligências por esse Brasil a fora. Algumas não eram tão inteligentes quanto imaginávamos, mas sempre será assim nos períodos de renovação – muitos oportunismos, muitos gatos por lebre... A Academia de Letras, reduto da fossilização, servia de mira à juventude, afinal não tão iconoclasta. Atirei minhas flechas. Com Walter Benevides e Bastos Leite brilhei à frente de um jornalzinho quinzenal, que se apagou em seis meses – mais flechas perdidas! Comunicava-me com jovens de todos os cantos do país e quantas revistas! Acompanhei a rapaziada de Verde e tudo que sobrou da aventura foi a amizade de Francisco Inácio Peixoto e Gulhermino Cesar. Ah, gracioso período de tanta poezinha  fulera! Por fim desconfiei que a poesia não seria meu forte e voltei à propsa, cujos ensaios rasgara. Desfrutava-se o edificante clima  do governo Bernardes com estado de sítio permanente, violações de domicílios, proibição de reuniões e ajuntamentos na rua, mais de duas pessoas conversando já era olhado como comício, depuração de deputados e a invenção da censura da Imprensa, da futura delegacia de Ordem |Política, então a 9a. Delegacia Auxiliar, onde algumas alguns presos suicidaram-se atirando-se das janelas, do campo de concentração da  Clevelândia e dos tenentes comissionados,isto é, sargentos que passavam àquela patente para cobrir os claros do oficialato, desfalcado com as expulsões em massa verificadas na escola de Guerra. Foi quando apareceu em cena o famoso Tenente Jesus.
 A Pátria precisava dos meus serviços e lá fui eu me apresentar ao Forte de Copacabana. Naquele tempo ainda havia percevejos nos quartéis e ainda há pessoas qie têm alergia ao DDT! Um pouco de artilharia de costa é importante na vida de um paisano e o telêmetro é aparelho fascinante! Capitão José Agostinho dos santos – o comandante era uma flor. Capitão Honorato o Pradel, que o substituiu, mostrava-se pessoa decente.  O Capitão Calmon, médico e que fora bom jogador do Fluminense, era uma jóias de criatura. Tenente Pedro Geraldo caprichava em ser um pouco tesudo, porem, depois de algum tempo entrava na nossa simpatia. Mas tenente Jesus, comissionado, era o diabo! Uma das suas diabruras consistia em acreditar em exercícios físicos e querer que se ficasse musculoso à força. Decepcionei um pouco quando venci, com meu físico miúdo, todas as competições de fundo contra qualquer espécie de latagão e ainda quando marquei alguns golzinhos nas peladas do Forte. Mas o diabo do homem era insaciável. Exigiu proezas de equilibrista. Resultado- caí de uns 11 metros de altura. Ainda bem que a água lá em baixo amoleceu o tombo, contudo sempre seu para quebrar o espinhaço. Como diagnosticava o Paru, que partilhava das minhas perneiras particulares e especiais – as famosas Paraná – em dias de ver a namorada.
 A longa imobilidade e o sofrimento – dores terríveis e não morri por mero acaso – devolveram-me à leitura intensiva e analgésica, descerravam-se  a cortina da legítima ficção. E assim entrei realmente no palco literário, mas varrendo do espírito a supertição de que há males que v~em para o bem, meu terreno Jesus.
 Quando consegui voltar a andar, tina a novela Oscarina no bolso, fixação da vida de soldado. Schmidt, que usava pince-nez com fitinha presa a lapela. Levou-a para São Paulo e lá saiu na Feira Ilustrada. Depois que saiu fiquei desconsolado – achei-a  uma porcaria. E modifiquei-a toda. Lembro-me ter descoberto que ela acabava antes da última página e tudo ficou direitinho – tais são os mistérios da criação. Fato engraçado é que o caro Ribeiro Couto achava melhor a versão inicial...

domingo, 14 de outubro de 2012

Auto-retrato de Marques Rebelo - 5

Auto-retrato de Marques Rebelo

5

A fascinação da leitura vem cedo, mesmo com luz de vela, de lampião, de bico de gás, que é luz lindíssima! Aos 7 anos já alfabetizado por esforço próprio e com o auxílio semanal Tico-Tico e do Jornal do Brasil todos os dias. Daí para o livro nem foi um pulo – um simples passo. E afundei-me pelo mundo da carochinha, lastro incorruptível de sonho e imaginação –

debaixo de uma pedra do jardim poderia encontrar um tesouro, com uma varinha de condão poderia transformar minha tia em sapo!
OS 9 anos recebo o Coração como livro de leitura – felizes tempos! Guardo ainda o exemplar com assinalada data – 6 de março de 1916 – e a minha assinatura em gorda letra horizontal. Colou para sempre – é responsável por todo o sentimentalismo que minha pena distila, apesar da vigilância, e que Manuela Bandeira, em 1931, quando da minha estréia em livro, registraria um pouco soprado em carta por Antônio de Alcântara Machado, não muito de acordo com a generosidade que a crítica recebeu Oscarina. E Alcântara tinha razão – muito foguete é para estréia de circo.

Aos 11 anos, um pastor prostestante americano, que acabou bispo em Goiás, pôs nas minhas mãos a Biblia, na tradução de Antônio pereira de Figueiredo. E guardo também este livro, datado de 1919, com assinatura em caligrafia mais magra e ascensional, como a do médico que atendia a nossa família, jamegão que eu achava deslumbrante. Cético quanto ao seu conteúdo e destino, até agora tem sido meu livro de cabeceira, o único que jamais me enfastiou, que abro, que abro constantemente para encontrara riqueza, inesgotável em exemplos de propriedade expressional. Jorge Amado pirelhiou:

- Ainda bem que o Marques não tem obrigação de pagar direitos autorais de transição.

Meu pai tinha uma estante com uns duzentos e tantos livros no corredor, biblioteca um pouco tumultuosamente escolhida, convenhamos – Herculano, Eça, Camilo, Fialho, Júluio Diniz e franceses, pois já traçava o meu francês, Anatole, Dumas, Vitor Hugo, Bourget, Daudet, e, incrível que pareça, Buffon e Darwin, na tradução de Barbier! E foi minha, depressa esgotada pelo infantil ardor. Mesada tinha pequena – 10 mil réis. Mas compravam-se por dois tostões naquele tempo! Editoras lusas e francesas inundavam nossos balcões com variado e barato sortimento. E passei a frequentar os sedutores sebos da rua São Jose a adjacências. Carlos Ribeiro era caixeirinho de calças curtas na Quaresma – vivo como sagüi! O velho Matos, português, gerente, era rústico e boníssimo – quantos livros não me deu em com cara amarrada, olhando-me por cima dos óculos! Aos 15 anos encontrava lá as Memórias de um Sargento de Milícias, que foi um alumbramento! E daí por diante a breve e desconhecida vida de Manuela Antônio de Almeida passo a ser uma das minhas apaixonadas preocupações.

Li, li, li o os olhos são de ferro. E não considero que, em nenhum caso, houvesse perdido meu tempo. As baboseiras ensinam tanto quanto as grandes obras. Pelo efeito contrário, como no bilhar. Claro que ensinam apenas àqueles que seriamente pretendem escrever, sejam meia dúzia de predestinados para cada cem milhões de amadores.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Auto-retrato de Marques Rebelo ( 2 e 3 )

Auto-retrato de Marques Rebelo
 
2


O jogo do engajamento nunca me atraiu. Por tal razão os comunistas me consideram fascistas, os fascistas me consideram comunista, os socialistas me consideram reacionário, os liberais me consideram um sem-vergonha. Não tem a menor importância – por absoluto cálculo e decisão nunca precisei de posição política para criar e viver, seguro de que, com as mãos desatada

s, pode se nadar melhor e escapar das correntes fatais. Apenas atrapalhou um pouco certas conquistas justas ou consequentes. Fiquei sempre colocado à margem das situações, suspeitosamente – o que fortalece a nossa capacidade de julgar a um ponto de se confundi-la com o cinismo. Mas não escapamos da onda e uma ocasião, apanhado pelo arrastão politiqueiro, que propositalmente confundia tubarão com cocoroca, levaram-me a responder Inquérito Parlamentar e processo criminal – livrei-me com ferimentos leves e boa dose de náusea.

 Um simpático camarada, que não perde vaza, me condenava por não me candidatara uma apetecível pepineira pública.

 - Você não consegue isto por que é burro.

- É. Sou burro – concordei.

E burro morrerei. Há mortes naturais.

3

Que política me apraz? A da livre deliberação. A maior indignidade que se comete contra o homem é o voto obrigatório, penso e existo. Ao cidadão deve ser obrigatório o título de eleitor. Votar, não! Quanto cavalheiro não foi eleito com a ajuda de centenas de eleitores que não gostariam de votar nele? As pirâmides e convicções partidárias são mais frágeis do que castelo de cartas. Mas se é impossível o mundo sem política convicta e partidária, que alegria é o voto em branco! – afirmação interior que raramente pratiquei, tão contraditório é, sob todos os aspectos, nosso passeio no mundo.

Auto-retrato de Marques Rebelo 1

Auto-retrato de Marques Rebelo

1

Posto que não se pudesse viver da pena, ou para tentá-lo teria que descer demais, cortejando público e editores, aceitando um jornalismo escravizante e dissolvente, para não sufocar ou atrofiar a vocação, optei por uma vida modesta, modestíssima, inversa do carreirismo – e note-se que a literatura entre nós funcionou muito como brilhante muleta para a ascensão s

ocial, econômica e política do cidadão semi-alfabetizado. Entreguei-me a um ascetismo e empregos modestos, mas relativamente folgados, que facultassem o maior tempo possível para o ócio de pensar e repensar, matriz do engenho artístico, e para ler e escrever, na proporção de 20 livros lidos para 20 linhas escritas, linhas que se reduzirem a 2 publicáveis, aliás uma excelente média. E não me arrependi jamais da opção – na vida só aspirei a ser escritor.

Compreenda-se que o exercício da verdadeira literatura é, antes de tudo, um ato de coragem. È além da coragem para múltiplos sacrifício, precisamos, especialmente, de coragem para cortar. E cortei, corto e cortarei sem avareza e arrependimentos, como se cortasse a obra alheia – e se dá que se vê sempre melhor o Mao alheio que o nosso. Diminui também o campo do erro, do excesso, do supérfluo. E com tal sistema podador acabamos por vencer a torpe facilidade, que infelicita tantos valores ponderáveis. E condicionada, porem, necessito de tempo na minha frente para resolver as paradas literárias, mesmo as aparentemente simples. Pois nada é simples nos domínios da criação – ó extenuante ócio! Quanta vez me ofereceram trabalho com pagamento atraente – afinal o dinheiro é assunto cobiçante e útil – digamos uma ou duas páginas de colaboração urgente. E combinei:

- Pelo menos uma semana, meu amigo.

Felizmente tenho amigos, até que uma bonita coleção, apesar de muita gente supor o contrário, dada a minha capacidade de fazer desafetos literários e penitencio-me de algumas injustiças – obras que achei chatas, tornaram-se realmente chatíssimas. E os prazos eram concedidos. Menos uma vê. Certo publicitário queria um conto de Natal, cinco páginas no máximo, em quatro dias. Estávamos em novembro.

- Preciso de um mês, pelo menos. Serve?

Não serviu – fiquei sem os 400 mil cruzeiros. Os publicitários são práticos.

Também sou homem prático, isto é, odeio o rigor do pragmatismo, do planejamento dogmático, da maquinização desumana. Que o processo de a padronização não perturbem a ordem natural. Tanto a variedade quanto uma aparente balbúrdia são formas de equilíbrio vital. Acreditemos que deus não ajuda somente a quem cedo madrugue. Podemos perfeitamente acordar tarde. Se não houvesse relógios de ponto, mas pontos de honra, a existência seria mais nobre. No dia em que estabeleceram relógio de ponto, larguei o emprego, embora me facultassem só marcar na entrada. Nunca chegara atrasado. Nunca cheguei atrasado em lugar nenhum. Talvez tenha chegado atrasado no mundo, isto sim. Melhor teria sido se nascesse há um século passado. O progresso do século XX, frio, mercantil, ganansioso, e chave de cardiopatias e neuroses, me irrita um pouco. Ou até bastante. A natureza não melhora relativamente ao progresso que inventa, e que empurra aos parvos por alto preço, com crediários para iludir. Acho até que aguça a sua congênita velhacaria.

domingo, 23 de setembro de 2012

BobN






Essa obra de BobN está aqui registrada. Temos então o seguinte. Há a obra e há o registro. A primeira em um espaço imediato. A segunda em um espaço remoto. Este se perpetualiza e, assim, ganha um passado, um presente e um futuro. Já a obra está sempre no presente.  Nessa abrangência o trabalho de BobN ganha muitos contornos. Um deles que se relaciona com os tempos, seja o chronos, kairós ou aión. Outra situação: a obra mostra uma bancada de feira e nela, “à venda”, bananas e livros. Como banana é uma coisa e livro outra temos que postos à venda criam situações diferentes, até mesmo conflitantes pois ninguém vai a uma feira de alimentos para comprar livros e nem a uma feira de livros para comprar bananas. Não temos como conter o riso. Citemos, então, Bergson.
“É cômica toda combinação de atos e de acontecimentos que nos dê, inseridas, uma na outra, a ilusão de vida e a sensação nítida de arranjo mecânico.”
“Ela delata nossas extremas e inatingíveis exigências para conosco que, por vezes, tornam nossas vidas inviáveis. Ela provoca a reflexão sobre as formas como nos relacionamos, sentimos, pensamos, vivemos. Ela expressa nossa insatisfação, nossas angústias, nosso sofrimento. Mas ela também nos permite tornar nossas ações risíveis e, com isso, trazer à tona a leveza da vida.”

sábado, 22 de setembro de 2012

Troca de emaoils com Silvana Lal



Troca de e-mail com Silvada Leal












                                                                                                                                   

Silvana

Fui a exposição no Museu de Arte de Santa Catarina. Fiquei entusiasmado com seu trabalho. Já havia gostado do que vi no m Museu Histórico como te falei. Com essa agora aumentou minha admiração. Percebi que um trabalho exposto, por exemplo, é esvaziado de tudo que é supérfluo. Nenhuma insinuação em um sentido, e noutro, outras insinuações.  Ele, o trabalho, é informado por vários que estão expostos e assim ultrapassa o conceito, o narrativo e passa a ser uma metáfora com uma grande carga poética. E mais ainda, um outro espaço se faz possível. (Essa é a grande conquista da modernidade e que está sendo aprofundada na contemporaneidade – os novos espaços, e que também devem ser compartilhados pela pintura.) Sobre o trabalho refiro-me a uma peça de pano em forma de um corpo e com vários mariscos aplicados. Que beleza! Nos vídeos as ondas batendo nas rochas (ou no corpo?). Quantos poemas nos vem à lembrança! Daí pouco me servem as palavras agora. Vai um poema do Ivan Junqueira como a melhor resposta.

O POLVO

No golfo um polvo hermético se move
entre algas de silêncio e solidão;
no golfo, um polvo, aquático espião,
agita seus tentáculos, remove,
sem trégua, a lama espessa que recobre
o tácito esqueleto de seu pão.
Mas não sabe a polpa nem o grão
do plasma em chamas que o molusco engole.
Sabe-se apenas que o animal se inclina,
voraz, sobre a nudez da essência pura
e nela enterra a fome de seu dente.
Sabe-se mais: que o mar se transfigura
e à tona envia um anjo incandescente
quando no golfo o polvo se ilumina.

Ivan Junque

Olá josé Maria,

Muito grata! Fico muito contente por suas palavras e sentidos. Você realmente sente a minha obra. Esta exposição está impregnada com o sagrado e não tem espaço mesmo pra o supérfluo. Ele é contaminado pela poesia do viver, pois tudo está impregnado pela minha experiência de vida. Para dar vida a personagem molusco habitante, iniciei o processo pelo meu nascimento. o que há de vir? É um trabalho incrustado na minha paixão pelo mar e dos mitos que dele extraio. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012



Continuando o que escrevi sobre Cézanne e a superfície.  Email para Ricardo Simões.
Ricardo

Só agora te respondo.

Esse seu quadro está me fazendo pensar, inclusive face a sua observação em relação a Clement Greemberg.

Vejamos. Cézanne nos mostrou esse plano à frente do quadro. Há um descolamento de uma estrutura de um plano atrelado à superfície do suporte. Creio que o problema está em se descobrir qual a nova estrutura que Cézanne se apóia. Creio q está baseada em uma lógica da geometria das cores que ainda a de vir Assim Cézanne já apontou para muito mais do que esse crítico sugeriu: a dimensão planar da pintura, esta inteiramente subordinada a estrutura do suporte.
Em Cézanne podemos, então, compreender o que ele escreveu a Émille Bernard: “Trate a natureza através doa esfera, do cilindro e do cone, tudo situado em perspectiva, ou seja, que cada lado de um objeto, de um plano, se dirija a um ponto central.”
Como ele disse que queria chegar à perspectiva unicamente pelas cores certamente devemos pensar não em formas geométricas como formas geométricas históricas que permitam a construção de um espaço plástico. Será que a geometria dos fractais pode ser tomada como um apoio? Cézanne se refere às pequenas sensações. Em cada uma delas se manifesta o cinza sempiterno que é um ponto. Não seria esse ponto para o qual os lados dos objetos e dos planos se dirigem? Neste caso haveria um fracionamento e em todos uma constante, esse ponto. 

Abro aqui um parêntesis.

O Brasil é um país curioso. Tivemos aqui o fenômeno do Manuel Antônio de Almeida que foi realista muito antes desse movimento surgir na Europa. Mas ainda somos um país que culturalmente de atrelada  às descobertas de fora. Olhamos pouco para a nossa história das artes (será que ainda por escrever?). Manoel Antônio de Almeida devia naturalmente ser leitura  de todo brasileiro. Se não ainda não é nos podemos indagar o porquê.   
Entre os pintores americanos modernos podemos ver as obras de John Marin e Krehbiel.

 John Marin


Krihbiel

Dos artista brasileiros Martinho de Haro e Guignard


        
         Marinho de Haro


        Guignard

Ainda aqui no Brasil podemos citar o artista Orlando Mollica.



Mollica

Continuo então, mas ainda de forma bem resumida. Preciso de mais tempo.   Ainda o descolamento da estrutura desse plano. Frank Stella percebeu esse problema de e basta vermos um de seus trabalhos para o compreendê-lo.


   Frank Stella

Já o seu quadro nos inquieta, pois parece que temos que descobrir essa nova estrutura na qual ele se baseia. Não é estrutura subjacente do suporte ou na geometria euclidiana que ele se liga e que  a partir dela se constrói.


   Ricardo Simões


Veja o que me escreveu uma amiga, Célia Galdino de Pattacini. Muito pertinente.


Te escrevi um e-mail comentando q estou pensando um publicar um livro com textos q escrevi. Um deles q havia pensado está no meu arquivo mais infelizmente sem a imagem de seu quadro. Será que vc ainda tem essa imagem? Depois de escrito gostaria tbm de colar na minha pag do Face.

Fico esperando suas observações. Fico sempre com muitas dúvidas.

De qualquer forma creio que estou me encaminhando para escrever algo sobre esse seu novo quadro. Muito bom mesmo. Parabéns.

Abraço JM