sábado, 23 de novembro de 2013

Chardin - A verdade em pinrura



Chardin – A verdade em pintura

Para Chardin o pintor tem que encontrar uma distância perfeita em relação ao modelo. Se muito próxima se perde nos detalhes, se muito distante se perde da pintura. Se assim procede,  o pintor se aproxima da verdade em pintura. Ou seja, o tema se subordina à própria pintura. Vale aqui uma observação: Cézanne abandonou o tema e se interessou pelo motivo.]

Mas temos que considerar essa distância. Poussin faz referência a um olhar prospectivo que se opões a um olhar pelo simples aspecto, olhar prospectivo este que considera o saber do olho, que é mais que uma percepção, as diversas distâncias e os eixos visuais. Como Poussin estudou o Tratado da Pintura de Leonardo da Vinci (há uma edição com ilustrações feitas pelo próprio Poussin) ele compreendeu o que são essas distâncias. Leonardo diz q se olharmos uma página um livro impresso mantendo uma mesma distância, vemos ou uma mancha, ou uma frase, ou uma palavra ou uma letra. 

Observemos o quadro abaixo. Há uns objetos no primeiro plano que dividem o espaço, um aquém e outro além e neste acontece o fato pictórico. A saia, o pão a mesa, e outros detalhes são mais que uma representação se não considerarmos a figuração do rosto da empregada. Ficam claras as pinceladas, as cores com seus rompimentos criando uma atmosfera, etc. Já se considerarmos esse rosto a configuração daqueles objetos se transformam.

Devemos considerar a tradição no sentido de atualizá-la e assim tomarmos uma atitude com consciência.  Além do narrativo, que nesse quadro é riquíssimo, podemos analisar o quadro além da lógica aristotélica na medida em que ele permite vários níveis de percepção e realidade. Refiro-me à lógica do terceiro incluído.

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