Helio
Oiticica
Hélio Oiticica, como escrevi acima, apontava para um
problema da PINTURA (O grifo é meu) e anunciava o fim da pintura na
qual o espaço plástico criado era o remoto.
Sua obra é enorme. Entre muitas realizou, então, os Relevos espaciais.
Esses relevos aproximam-se de Aristóteles em suas observações sobre a
predominância do claro escuro, mas em um primeiro nível de percepção predominam
as cores. Pergunto-me: não estará Hélio Oiticica criando formas e cores e
fazendo-as ficar subordinadas ao espaço da pintura sem o apoio do suporte?
Segue a imagem abaixo.
Hélio Oiticica
Regina
Vater
Desdobrando essas ideia de Hélio Oiticica temos
alguns trabalhos de Regina Vater, mas não mais observando os relevos e sim
enfatizando as cores. Deixa, assim, de ser aristotélica em relação ao
claro-escuro. Nesse trabalho que segue abaixo temos um narrativo inteiramente
subordinado ao plástico. Esse narrativo
não é linear, é bem mais remoto, portanto, poético.
Citemos o poeta Júlio Castañon Guimarães:
“Do escuro então lhe passou pela pele, num raspão,
algo como uma palavra remota.”
Regina Vater
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