segunda-feira, 29 de abril de 2019

Hélio Oiticica e regina Vater


Helio Oiticica
Hélio Oiticica, como escrevi acima, apontava para um problema da PINTURA (O grifo é meu) e anunciava o fim da pintura na qual o espaço plástico criado era o remoto.  Sua obra é enorme. Entre muitas realizou, então, os Relevos espaciais. Esses relevos aproximam-se de Aristóteles em suas observações sobre a predominância do claro escuro, mas em um primeiro nível de percepção predominam as cores. Pergunto-me: não estará Hélio Oiticica criando formas e cores e fazendo-as ficar subordinadas ao espaço da pintura sem o apoio do suporte?
Segue a imagem abaixo.



Hélio Oiticica








Regina Vater

Desdobrando essas ideia de Hélio Oiticica temos alguns trabalhos de Regina Vater, mas não mais observando os relevos e sim enfatizando as cores. Deixa, assim, de ser aristotélica em relação ao claro-escuro. Nesse trabalho que segue abaixo temos um narrativo inteiramente subordinado ao plástico.  Esse narrativo não é linear, é bem mais remoto, portanto, poético.
Citemos o poeta Júlio Castañon Guimarães:
“Do escuro então lhe passou pela pele, num raspão, algo como uma palavra remota.”


 Regina Vater


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