Sem título – o/s/t – 40 x 50 com – 2016
Nesse quadro procurei estudar o conflito ente forma, que é mais racional, e cor ou colorido, que é enigmático.
Do lado direito, enfatizado por uma faixa azul abaixo, um espaço se constrói, e o violeta é bem mais uma cor abstrata substantiva que concreta adjetiva. Se considerarmos somente essa parte a forma no todo do quadro de destrói, apesar na manifestação do cinza sempiterno acima. Ou seja, essa parte direita não se sustenta por si só. É um espaço morto, Entretanto o avermelhado se rompe e cria do lado esquerdo outro espaço no qual as cores concretas adjetivas prevalecem, e permitem que uma forma venha para o primeiro plano de percepção por uma visão sincrét, O contraste entre esses dois espaços, graças a uma visão mais analítica, dinamiza ou, pelo serpenteamento vinciano, anima ou dá vida à pintura. Temos, então, a sequência, vida, morte e ressurreição dentro de outra ordem, ou seja, como se deu a vida, o que se viveu, como se morreu, e como se deu a ressurreição.
José Maria Dias da Cruz – Florianópolis – julho de 2016
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