sexta-feira, 30 de maio de 2014

José Maria Dias da Cruz - Sem título - o/s/t - 50 x 60 cm - 1998

Sem título - o/s/t - 50 x 60 cm - 1998

José Maria Dias da Cruz - Maria-sem-vergonha - o/s/t - 50 x 70 cm - 2014

Maria-sem-vergonha - o/s/t -  50 x 70 cm - 2014

Quadro de José Maria Dias da Cruz

Sem título - o/s/t - 50 x 60 cm - 2014


José Maria Dias da Cruz

Sem título - o/s/t - 50 x 70 cm - 2014 

A ordem e o caos o/s/t - 80 x 100 cm - 2014

A ordem e o caos o/s/t - 80 x 100 cm - 2014

Cézanne - Claidio Ulpiano


A ARTE TEM QUE LIDAR COM A AURORA DO MUNDO
(aula em áudio)

“A nossa preocupação com a matéria, ao longo da nossa existência, é permanentemente a mesma: que o presente reproduza o passado. Porque se o presente não reproduzir o passado, não reconheceremos o que estamos vendo. E o reconhecimento é o fundamento para ultrapassarmos o caos objetivo, assim como as regras da associação de ideias são o fundamento para ultrapassarmos o caos subjetivo. Esse caos objetivo e subjetivo é anterior ao homem.

[…]

O homem vai nascer dotado de uma percepção, mas tudo nele – a própria percepção, a memória, o hábito, a afecção, a ação – será comandado pelas regras e pela semelhança. Veremos o mundo a partir destas regras, ou então do reconhecimento exterior. Nossa constante preocupação – terrível – é de que o passado possa não coincidir com o presente. Imaginem se amanhã o Roberto entra aqui na aula e não é mais o Roberto; se o Roberto da terça-feira passada não coincidir com o Roberto de hoje. Estes princípios do sujeito humano o afastam do caos.

[…]

Falemos de Cézanne, agora. O ponto de partida da obra dele é definitivo: só posso fazer uma obra de arte se fizer uma prática de desumanização. O que seria esta desumanização? Seria sair destas regras, sair do reconhecimento, voltar ao caos. Ele diz: a minha percepção de maneira alguma me dá o caos original, o caos irisado, o mundo anterior aos homens, a aurora do mundo. A arte tem que lidar com a aurora do mundo, o mundo antes de ser governado por estas regras. Para Cézanne, então, a primeira coisa que tem que ser quebrada no artista é a percepção, porque a percepção está regulada pelo princípio da semelhança.”

Claudio

terça-feira, 20 de maio de 2014

Marques Rebelo

Nasceu na Rua Luís Barbosa, nº 421 2 , bairro de Vila Isabel, zona norte da cidade do Rio, de onde aos quatro anos, por motivos de saúde familiar, mudou-se para Barbacena, Minas Gerais, onde seu pai fundou uma fábrica de especialidades farmacêuticas3 — não sem antes terem passado por Ilhéus e Sítio —, e ali permaneceu com a família até 1918 ou 1919, data em que a Gripe Espanhola pareceu ali também grassar entre seus parentes e familiares, qual no-lo sugere a sua obra literária, de inspiração autobiográfica. Seu pai era o químico, empresário e professor Manuel Dias da Cruz Neto4 , neto do segundo Barão da Saúde5 (renomado e rico comerciante de madeiras, por D. Pedro II agraciado a um ano da Proclamação), fundador da Quimioterápica Brasileira Limitada e professor da Escola de Farmácia do O'Grambery (Juiz de Fora) e da Escola de Agronomia do Estado do Rio (Niterói)6 , e sua mãe, dona Rosa Reis Dias da Cruz7 , da família Rebelo Reis, proprietária de fazendas e caieiras em Cantagalo e Magé.
A contar cinco anos, por ligeiras instruções familiares, aprendeu a ler a sós com a revista O Tico Tico, da qual rapidamente passou à Gazeta de Notícias, pela qual, segundo conta,8 fez-se em seguida formado em assuntos da Grande Guerra. O aprendizado das primeiras letras, completou-o à escola de dona Rosinha Ede (retratada no conto "História", de Oscarina), onde lhe despertou o voraz hábito de leitura o romântico Coração, de Edmundo de Amicis — primeira obra lida e que o marcará como escritor.
Vocacionado e influenciado pelo pai, é de sua estadia em Minas Gerais — sobretudo entre os 9 e 11 anos — a leitura e absorção da Bíblia e de bastantes obras literárias, no mais francesas, nórdicas, portuguesas e brasileiras, dentre as quais as de Anatole France, Balzac, Selma Lagerlöf, Andersen, Camões, Camilo Castelo Branco, Olavo Bilac.
De volta ao Rio, agora instalado em Copacabana, é provável tenha cursado o antigo ensino secundário no Colégio Andrews (c. 1918-1923), submetendo-se a preparatórios examinados em 1924 e 1925, no Colégio Pedro II.
Aos quinze anos (1922), porém — descobertos Manuel Antônio de Almeida e Machado de Assis —, fora levado pelo pai a ter um triênio de aulas com o gramático e filólogo Mário Barreto (retratado em "Depoimento Simples", de Oscarina), filho do também filólogo Fausto Barreto (este, autor de Antologia Nacional, junto de Carlos de Laet) e que lhe ensinou latim, submeteu-o a rigorosas redações semanais — com temas estipulados — e lhe apresentou a clássicos portugueses — estudos que lhe incutiram, ou reforçaram, profundo desvelo pela língua portuguesa e que concorreram para a eficiência e fluidez de sua prosa.
Rebelo chegou a cursar três anos de Medicina em fins da década de 1920, abandonando-o no entanto, para, dedicando-se intensamente à vida de escritor, trabalhar no comércio (Cia. Nestlé) e, mais tarde, no jornalismo (1951), havendo bacharelado-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1937 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e a diplomar-se, em 1945, no Curso de Extensão Universitária de Literatura Norte-Americana, do Instituto Brasil-Estados Unidos e Universidade do Brasil, com tese sobre o escritor norte-americano Bret Harte.
Casado de 1933 a 1939 ou 1940 com dona Alice Dora de Miranda França (de quem teve os filhos José Maria Dias da Cruz, renomado artista plástico, e Maria Cecília Dias da Cruz, uniu-se em 1940 ou 1941 com dona Elza Proença († 1998), que lhe foi secretária até o fim da vida.

José Maria Dias da Cruz - Formulário


Jo´se Maria Dias da Cuz - Formulário


José Maria Dias da Curz - Sem título - óleo sobre tela - 20 x 40 cm - 2004

Sem título - óleo sobre tela - 20 x 40 cm - 2004

Jospsé Maria Dias da Cruz - sem título - óleo sobre tela - 20 x 40 cm - 2004

José Maria Dias da Cruz - O cinza sempiterno - a ordem e o caos

O cinza sempiterno - a ordem e o caos - óleo sobre tela - 80 x 100 cm - 2014

domingo, 11 de maio de 2014

José Maria Dias da Cruz - O cinxa sempiterno - Pinturas

                                                   O cinza sempiterno - 30 x 40 cm - 2014

O cinna sempiterno e o diagrama cromático - 40 x 60 - 2014

O cinza sempiterno - 50 x 70 - 2014

O cinza sempiterno e a maria-sem-vergonha - 50 x 60 - 2014