Cores e Coloridos
Digo que a cor abstrata é substantiva , subsiste por si mesma, e q q cor concreta é adjetiva, sua condição é ser no colorido.quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Cores e coloridos
Uma geometria das cors
Uma geometria das cores
"Como está dito nos fragmentos, havia uma língua com duas palavras"
Michael Palmer
Na geometria euclidiana um ponto não possui nenhuma dimensão, é uma abstração. Quando penso no cinza sempiterno digo q ele é um ponto potencialmente ativo. e nesse estado ele contém todas as cores de um colorido. É um pré ou pós fenômeno. um não espaço, um não tempo. Ao se manifestar torna-se um fenômeno. E há nisso uma lógica, como diz Cézanne, nada absurda. Mas lidamos somente com uma fração do espaço. Um colorido total nos é interditado e é enigmático assim como em uma fração. Há uma gradativa passagem do colorido para as formas, essas mais racionais. Portanto quando predominam as formas e as cores a elas se subordinam, uma lógica pode se concluir e é demonstrável racionalmente. Mas pela lógica do colorido de uma fração intuímos algo de uma outra do colorido total. Daí dizer que uma geometria das cores sou eu.
José Maria Dias da Cruz
Outubro de 2013
"Como está dito nos fragmentos, havia uma língua com duas palavras"
Michael Palmer
Na geometria euclidiana um ponto não possui nenhuma dimensão, é uma abstração. Quando penso no cinza sempiterno digo q ele é um ponto potencialmente ativo. e nesse estado ele contém todas as cores de um colorido. É um pré ou pós fenômeno. um não espaço, um não tempo. Ao se manifestar torna-se um fenômeno. E há nisso uma lógica, como diz Cézanne, nada absurda. Mas lidamos somente com uma fração do espaço. Um colorido total nos é interditado e é enigmático assim como em uma fração. Há uma gradativa passagem do colorido para as formas, essas mais racionais. Portanto quando predominam as formas e as cores a elas se subordinam, uma lógica pode se concluir e é demonstrável racionalmente. Mas pela lógica do colorido de uma fração intuímos algo de uma outra do colorido total. Daí dizer que uma geometria das cores sou eu.
José Maria Dias da Cruz
Outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Guilherme Bueno - email
Oi Zé, tudo bem?
concordo com seu ex-aluno. Seria uma boa ver o quadro ao vivo, sobretudo quando o penso com os trabalhos que vi no seu ateliê com o surgimento das cores "desconstrutivas" (isto é, aquelas que emergem justamente pelo exame de suas partículas - talvez precise explicar-me mais cuidadosamente depois). Engraçado você batizar o nome do arquivo de "quadro sem-vergonha", acho que, por trás do humor revela uma afetividade tão íntima, tão cúmplice da pintura...
Quanto a sua pergunta, confeso que eu não sei responder (e acho que nem é o caso), mas talvez me permita um chute. Será que, uma geometria das cores não é apenas um indício de uma outra perspectiva (nos vários sentidos da palavra) que possa estar se anunciando? Dizendo isso em outras palavras, talvez o que comece a aparecer é uma outra possibilidade de refletir sobre elas que ultrapassa a fronteira da geometria para refletir sobre uma espacialidade em um mundo a um só tempo (e paradoxalmente) cada vez mais físico e virtual. Já que tocamos em Cézanne, mas também Seurat, e, pensando no seu espaço, coloco a seguinte questão: como é ser envolvido fisica e corporalmente pelo azul do céu? Dito de outro modo, como somos envelopados pela cor, sentimo-la corporalmente mesmo que seja tão fluida? Desconfio que é esta dúvida que emerge quando você explora esta monadologia das cores.
Continuemos a conversa! Curioso que desta vez meu atraso foi por pensar desde seu e-mail sobre quantas coisas o seu "quadrinho sem-vergonha" traz!
ciao,
GB
concordo com seu ex-aluno. Seria uma boa ver o quadro ao vivo, sobretudo quando o penso com os trabalhos que vi no seu ateliê com o surgimento das cores "desconstrutivas" (isto é, aquelas que emergem justamente pelo exame de suas partículas - talvez precise explicar-me mais cuidadosamente depois). Engraçado você batizar o nome do arquivo de "quadro sem-vergonha", acho que, por trás do humor revela uma afetividade tão íntima, tão cúmplice da pintura...
Quanto a sua pergunta, confeso que eu não sei responder (e acho que nem é o caso), mas talvez me permita um chute. Será que, uma geometria das cores não é apenas um indício de uma outra perspectiva (nos vários sentidos da palavra) que possa estar se anunciando? Dizendo isso em outras palavras, talvez o que comece a aparecer é uma outra possibilidade de refletir sobre elas que ultrapassa a fronteira da geometria para refletir sobre uma espacialidade em um mundo a um só tempo (e paradoxalmente) cada vez mais físico e virtual. Já que tocamos em Cézanne, mas também Seurat, e, pensando no seu espaço, coloco a seguinte questão: como é ser envolvido fisica e corporalmente pelo azul do céu? Dito de outro modo, como somos envelopados pela cor, sentimo-la corporalmente mesmo que seja tão fluida? Desconfio que é esta dúvida que emerge quando você explora esta monadologia das cores.
Continuemos a conversa! Curioso que desta vez meu atraso foi por pensar desde seu e-mail sobre quantas coisas o seu "quadrinho sem-vergonha" traz!
ciao,
GB
domingo, 13 de outubro de 2013
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